sexta-feira, 4 de abril de 2014

Quase dois meses.

Nesses quase dois meses de falecimento do Luis, senti de tudo um pouco,  fui do medo de ficar em casa sozinha e acabar fazendo uma loucura, á vontade de sair correndo e fazendo tudo que sempre quis fazer não podia por que tinha cuidar dele.
Confesso que antes do acontecimento em si, eu achava que iria surtar, pensei que seria mais dificil viver sem
ele aqui, já que foram vinte anos juntos, saí da casa da minha mãe pra morar com ele, me peguei "sozinha",(nunca fiquei sozinha nesses anos, minha familia não me permite em nenhum momento me sentir só, obrigada Deus), com a nossa filha em uma casa que antes era pra quatro pessoas agora somos só eu e minha filha mais nova, a casa nunca foi grande, agora parece enorme, vazia e silenciosa, só tenho lembranças em toda parte, as lembranças estão em todos cantos da casa, até nos cômodos em que ele já não frequentava mais, impressionante como as marcas ficam na casa, não o vejo e nem sinto sua presença, apesar de saber que ele deve estar sim, olhando agente de longe, talvez esteja feliz vendo que estamos fazendo as coisas darem certo, que todas nós estamos caminhando juntas uma ao lado da outra.
Sei que é errado ficar pedindo que ele de lá de cima cuide da nossa filha que também pode vir á ter a mesma doença que ele, sei que ele deveria ter o descanso eterno,  e eu fico conversando com ele nos meus pensamentos, quer dizer: não o deixo descansar, sinto muito mais eu preciso conversar com ele, ele precisa me ajudar, não sei aguento passar por tudo aquilo de novo, preciso de muita ajuda e eu acho que ele pode sim me guiar nos momentos difíceis.
Balanço geral desses ultimos dias, solidão, estou me sentindo muito sozinha, uma dor na alma, nem sei explicar bem o que é, é como se nada ainda estivesse no seu lugar, falta alguma coisa, por mais que as coisas fossem difíceis ele faz falta.

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